09/01/2021 às 18h27
27
Jediel
TERRA DO NOVA DO NORTE / MT
O Twitter apagou o perfil de Donald Trump (@realDonaldTrump) na noite desta sexta (8), dois dias depois de apoiadores do presidente dos Estados Unidos invadirem o Congresso, em ato violento que resultou em 5 mortes. A página da campanha do republicano (@teamtrump) também foi suspensa.
É a primeira rede social a tomar esta medida. A página pessoal de Trump no Twitter tinha quase 89 milhões de seguidores e era o principal meio de comunicação dele com o público.
Após o banimento, o republicano chegou a usar a conta @potus, que é da Presidência para criticar o Twitter e também falou em construir uma plataforma própria. Esses posts também foram tirados do ar. Por volta das 23h, a conta presidencial, raramente usada por Trump, só mostrava tuítes feitos até 2020.
O presidente fica sem poder se comunicar por suas páginas pessoais nas três principais redes sociais, já que os perfis de Trump no Facebook e no Instagram foram bloqueados por tempo indeterminado na última quinta. Diferentemente do Twitter, essas páginas seguem no ar, mas não podem ser atualizadas ao menos até a posse de Joe Biden, marcada para o próximo dia 20.
Desde as eleições de 2016, o republicano vem sendo acusado de propagar desinformação. Neste ano, alguns de seus posts chegaram a ser removidos pelas redes; outros vinham recebendo selos de alerta de "conteúdo duvidoso".
No blog da companhia, o Twitter detalhou a decisão de banimento (veja ao fim da reportagem), dizendo que perfis de autoridades eleitas e líderes mundiais não podem estar totalmente acima das regras da plataforma e nem usá-la para incitar violência.
Usuários da rede social vinham pressionando o Twitter a tomar medidas mais drásticas desde a invasão ao Capitólio, na tarde de quarta (6), quando ocorreu a reunião que certificou a vitória de Biden nas eleições.
Durante o ato, incentivado por Trump em discurso prévio para apoiadores, o presidente usou as redes para elogiar o grupo e tornou a questionar a legitimidade das eleições. O Twitter tirou 3 posts do ar.
Após a manifestação, o perfil de Trump chegou a ser temporariamente bloqueado pela plataforma. E o Twitter ameaçou bani-lo se ele violasse novamente as políticas da rede.
A conta foi reativada no dia seguinte e foi por meio dela que Trump anunciou, nesta sexta, que não irá à posse de Biden, algo que não acontecia nas transições presidenciais desde 1869. Este foi um dos posts que levaram o Twitter a decidir pelo banimento.
Antes dele, em um outro post também considerado para a decisão, o presidente falou que "75 milhões de grandes patriotas americanos que votaram em mim" terão uma voz gigante no futuro. "Eles não serão desrespeitados e tratados de forma injusta", completou Trump.
O republicano teve 74,2 milhões de votos nas eleições presidenciais, contra 81,2 milhões do rival democrata.
Horas depois, o perfil de Trump saiu do ar. Segundo o Twitter, esses dois posts violaram a política da rede contra "glorificação da violência".
Para o Twitter, as mensagens desta sexta precisam ser lidas num contexto mais amplo e considerando que as declarações do presidente podem ser usadas por diferentes públicos inclusive para incitar violência.
De acordo com a análise, o anúncio da ausência na posse, por exemplo, vem sendo recebido por apoiadores de Trump como uma confirmação a mais de que a eleição não teria sido legítima, na visão do presidente. E enfraquece a promessa de "transição ordeira" feita por ele na última quinta.
FONTE: g1
0 comentários
Big Brother Brasil
Blog/coluna Tudo sobre a casa mais vigiada do Brasil em um só lugar!Há 10 horas
Ministério da Saúde começa a distribuição da CoronaVac para todo o BrasilHá 10 horas
Doria x Pazuello: após aprovação de uso de vacinas pela Anvisa, governador de SP e ministro da Saúde trocam acusaçõesHá 21 horas
'Não tenham medo', diz Mônica Calazans, 1ª pessoa a ser vacinada no BrasilHá 1 dia
Dom Bosco questiona CBF e quer vaga do Luverdense na Copa do BrasilHá 1 dia
Dom Bosco questiona CBF e quer vaga do Luverdense na Copa do Brasil